quarta-feira, 13 de março de 2013

Fumaça Branca e Hermana


É isso mesmo você não leu errado! O papa é argentino.


A tão esperada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 15:06 horas no horário de Brasilia. E as especulações acabaram virando curiosidade em saber quem era o novo Pontífice, após 5 votações e pouco menos que vinte e quatro horas os cardeais chegaram a um consenso.
O Cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, agora é Francisco I.



Segundo especialista ele já havia atingido boa votação no conclave que escolheu o papa Bento XVI.

Francisco I, nascido Jorge Mario Bergoglio SJ (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936) é o 266º papa da Igreja Católica e atual chefe de Estado do Vaticano. Foi o arcebispo da arquidiocese de Buenos Aires de 28 de fevereiro de 1998 até a sua eleição.
Infância e juventude 
Jorge Mario Bergoglio, filho de um casal italiano Mario Bergoglio (trabalhador ferroviário) e Regina (dona de casa). 
Fez graduação e mestrado em Química, na Universidade de Buenos Aires. 
Companhia de Jesus (jesuítas) 

Ingressou no noviciado da Companhia de Jesus em março de 1958. Fez o juniorado em Santiago, Chile. Graduou-se em Filosofia em 1960, na Universidade Católica de Buenos Aires. Entre os anos 1964 e 1966, ensinou Literatura e Psicologia, no Colégio Imaculada, na Província de Santa Fé, e no Colégio do Salvador, em Buenos Aires. Graduou-se em Teologia em 1969. Recebeu a ordenação presbiteral no dia 13 de dezembro de 1969, pelas mãos de Dom Ramón José Castellano. Emitiu seus últimos votos na Companhia de Jesus em 1973. Em 1973 foi nomeado Mestre de Noviços, no Seminário da Villa Barilari, em San Miguel. No mesmo ano foi eleito superior provincial dos jesuítas, na Argentina. Em 1980, após o período do provincialato, retornou a San Miguel, para ensinar em uma escola dos jesuítas. 

Episcopado 
Foi ordenado bispo no dia 27 de junho de 1992, pelas mãos de Antonio Quarracino, Dom Mario José Serra e Dom Eduardo Vicente Mirás. 

Foi nomeado cardeal no consistório de 21 de fevereiro de 2001, pelo João Paulo II, recebendo o título de cardeal-presbítero de São Roberto Bellarmino. Quando foi nomeado cardeal, conveceu centenas de argentinos a não viajarem para Roma. Em vez de irem ao Vaticano celebrar a nomeação, pediu que dessem o dinheiro da viagem aos pobres. 

No seio da Igreja Católica fez parte da Comissão para América Latina, da Congregação para o Clero, do Pontifício Conselho para a Família, da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos e Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica. 

Foi escolhido Papa no dia 13 de março de 2013 e adotou o nome de Francisco I, sendo o primeiro latino-americano e primeiro jesuíta a se tornar Papa. 

Conclave de 2013
O Cardeal Bergoglio foi eleito papa a 13 de março de 2013, no segundo dia do conclave papal 2013, escolhendo o nome de Francisco. O Cardeal Bergoglio é o primeiro Papa a ser eleito sendo membro da Sociedade de Jesus. É o primeiro Papa Americano e o primeiro papa não europeu, em mais de 1.200 anos; o último não-europeu a ser eleito foi São Gregório III, que nasceu na Síria e governou a Igreja Católica entre 731-741. 

Visões
É ligado a setores católicos conservadores na Argentina, como o movimento de leigos Comunhão e Libertação, contrário ao aborto, à eutanásia e além de ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. 
Aborto e eutanásia 
O Cardeal Bergoglio convidou os seus clérigos e os leigos para que se opusessem ao aborto e a eutanásia. 

Homossexualidade
Apesar de afirmar que os "homossexuais merecem respeito", foi ferrenho opositor à legislação argentina que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Tendo dito que: "se o projeto de lei que prevê às pessoas do mesmo sexo a possibilidade de se unirem civilmente e adotarem também crianças vier a ser aprovado, poderia ter efeitos seriamente danosos sobre a família. O povo argentino deverá afrontar nas próximas semanas uma situação que, caso tenha êxito, pode ferir seriamente a família. Está em jogo a identidade e a sobrevivência da família: pai, mãe e filhos. Não devemos ser ingénuos: essa não é simplesmente uma luta política, mas é um atentado destrutivo contra o plano de Deus" 

Justiça social
É conhecido por sua postura à favor da justiça social, tendo dito em 2007 que: "Vivemos na região mais desigual do mundo, a que mais cresceu e a que menos reduziu a miséria. A distribuição injusta de bens persiste, criando uma situação de pecado social que grita aos céus e limita as possibilidades de vida mais plena para muitos de nossos irmãos". Além disso, tal como São Francisco de Assis lavava os pés dos leprosos, o Cardeal Bergoglio ganhou notoriedade em 2001 ao lavar o pé de 12 doentes de Aids em visita a um hospital.

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